quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mudanças Necessárias

Nas páginas da minha vida e acredito na de todos nós que fazemos parte deste mundo passamos situações que exigem mudanças internas ou externas.
Cada pessoa vivencia as mudanças de forma diferente, umas resistem fortemente em fazer/pensar de forma diferente ao habitual, outras buscam tirar o melhor proveito das mudanças criando oportunidade de crescimento.
A forma como lidamos com as mudanças esta ligado a nossa educação, cultura e os exemplos que temos durante nossa vida e experiências.

Até meus 12 anos de idade minha família fez muitas mudanças de casa, mesmo dentro da mesma cidade, pelas minhas contas morei em 12 lugares diferentes desde que nasci. Então a cada tempo eu tinha que conviver com novos vizinhos, fazer novos trajetos para a escola, criar novos relacionamentos, por esta razão acredito que me adapto bem as mudanças, buscando ver o melhor.

Algumas mudanças ocorreram de forma muito difícil, como a perda de alguém que eu amo o término de um relacionamento que já tinha prazo de validade vencido.
Outras mudanças vieram como desafios como a transferência de meu trabalho para outra cidade longe da segurança da minha casa familiar, dos amigos que eu tinha desde a infância para aqui onde não possuía vinculo nenhum, só o trabalho.

Estar longe da minha cidadezinha me ensinou muito, desde administrar minha renda para as principais necessidades, fazendo muitas concessões, o convívio com uma cultura diferente da minha mesmo sendo cidades dentro do mesmo estado pôde-se perceber a grande diferença de mentalidade, objetivos de vida e convívio com os semelhantes.

Já na primeira “balada” jaraguaense, conheci o rapaz que hoje chamo de marido e que transformou minha passagem por aqui como definitiva, fui “adotada” por sua família e atualmente formamos a nossa e que também é diferente do que eu imaginava diferente do que tive como exemplo rompeu muitas expectativas erradas que eu tinha do relacionamento amoroso, vislumbrando novos horizontes de amor e felicidade.

No trabalho que inicialmente me trouxe para cá, já não executo mais nenhuma função o que me oportunizou ter um negócio próprio (sonho de muitas pessoas), mas que para mim foi uma grande surpresa por ter tido uma educação meio que condicionada ou limitada ao convívio do lar, eu acreditava que seria a legítima dona de casa.

Com o negócio próprio aprendi e aprendo tantas coisas, as pessoas com as quais trabalhei deixaram sempre uma marca (umas boas, outras nem tanto).
Com o tempo percebi que ser “chefa” é muito mais que delegar funções, coordenar pessoas, controlar gastos, etc.
È acima de tudo administrar relacionamentos, entre eu, minhas equipes, a empresa que representamos e os clientes que atendemos e após sete anos tendo nesta função posso afirmar seguramente que não é tão fácil quanto para muitos acreditam...

Assim como no passado me decepcionei com minhas chefas acreditando que elas não viam o que realmente acontecia no trabalho, avaliava e criticava muitas coisas com meus colegas, vejo hoje que também não sou a proprietária perfeita, as situações nem sempre tomaram o rumo que eu pretendia e houve sim decepções de ambos os lados.
Então para os amigos que pretendem embarcar no barco do negócio próprio fica minha dica, junto com a alegria, ganhos, satisfação pessoal vêm também maiores responsabilidades...
Ser dono é muito diferente que ser um gerente contratado pela empresa...




Estas foram mudanças externas que me aconteceram sem eu desejar ou planejar mais que trouxeram transformações significativas para mim, ocasionando mudanças interiores também.

Acredito muito que a necessidade de mudança interior reflete na mudança exterior.

A mídia retrata todos os dias a busca das pessoas pelo corpo perfeito, o trabalho perfeito, o companheiro perfeito, a vida perfeita...
Em muitos destes casos basta à pessoa ter recurso financeiro que pode sim, fazer inúmeras modificações no corpo (do cabelo a unha do pé) pode sim ter o “emprego” perfeito através da definição do que realmente pretende de sua vida profissional tendo condição financeira ou não, sendo empregado, chefe contratado, proprietário de empresa, etc. E o companheiro ideal vai ser aquele que vibra com as mesmas coisas que você, que tem os mesmo objetivos de vida e que irá dividir com você as coisas boas e ruins da vida, ele tem que ser real e não fantasioso como vemos muitos (as) sonharem e dizerem que o (a)  “companheiro (a) perfeito (a)” é lindo (a), carinhoso (a) -  mais firme não meloso (a), bem de vida - nem sempre trabalhador, inteligente, batalhador (a), fiel - a você e as coisas que acredita, amigo (a) - mas nem sempre companheiro (a) em todas as horas porque muitos precisam de “ espaço”, sincero (a) - mas não 100% porque muitas vezes a verdade dói - e por aí vai.

É raro vermos alguma pessoa na busca de ser um ser humano “melhor” os que buscam é tachada de louco, místico ou ligada a alguma religião fanática, etc

De alguma forma as mudanças que aparecem em nossas vidas são para mudarmos algo, independente das suas pretensões e objetivos de vida e como ser humano busque identificar o que cada mudança traz de “melhor” para você, tanto as que ocorrem por livre e espontânea pressão, como as que você busca aplicar em você ou vida ao seu redor.

As mudanças trazem oportunidades que muitas vezes deixamos passar, melhor é agarrá-las ver no que dá, do que mais tarde nos arrependermos de não ter aproveitado.
Seja algo muito desejado e que deu tudo certo ou nada do que imaginávamos, no final sempre fica a aprendizagem.

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