terça-feira, 23 de agosto de 2011

Trinta e poucos anos

Quando eu era mais jovem (ainda sou, mas quando era bem novinha) costumava imaginar como seria ter trinta anos, assim como no filme “De repente 30”, eu imaginava que com esta idade eu teria conquistado TUDO! Independência financeira, maturidade espiritual, física, emocional, uma casa, um cachorro, um bom companheiro... E tantas outras coisas mais...

Hoje tenho a grata surpresa de ter conquistado muitas das coisas que imaginava e muitas outras que encontrei no caminho sem desejar e que me fazem pensar que completar trinta e ops poucos anos (melhor admitir exatamente quantos = dois)... É constatar que as somas das minhas experiências fazem o que sou, uma pessoa FELIZ, não perfeita, mas FELIZ com o que tem!

Existem tantas crenças da chegada dos trinta anos... A idade da loba, do sucesso, da felicidade... Outros já pensam e dizem que a vida começa mesmo aos quarenta e na verdade acredito que a vida é boa em qualquer idade...

Cada fase trouxe algo novo, algo que transformou a forma de ver as coisas e vivê-las, aceito melhor tantas coisas hoje em mim mesma e nos outros (coisas que no passado eu nem sequer pensava)
Estou mais tolerante com as pessoas e em outras situações nem tanto, mas é bom porque hoje vejo que é melhor demonstrar o que desagrada do que muitas vezes “engolir” e ficar de cara feia ou chateada.

Ninguém advinha o que pensamos, por isso é bom demonstrar.

A passagem do tempo trouxe maior segurança com as escolhas, melhor aceitação física, estética, espiritual...

Chega de relembrar o passado de maneira triste/saudosista ou ansiar desesperadamente pelo futuro o melhor momento é o agora, como dizem o melhor presente é o PRESENTE!





Ë este é meu objetivo deste aniversário, buscar estar presente no momento vivenciado, desta forma cada pensamento, palavra e ação estarão sendo bem vivenciados no momento que acontecem!

Não antes, nem depois.

Façamos da nossa vida a soma de boas escolhas, sem arrependimentos e olhadas para trás. Se tomarmos muitas decisões na corda banda com receio de errar e muitas vezes erramos que tenhamos consciência de que ao menos tentamos e que aprendemos mais errando que acertando.

A vida é tão boa para as pessoas que assim acreditam.

Acredite, vale a pena!


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mudanças Necessárias

Nas páginas da minha vida e acredito na de todos nós que fazemos parte deste mundo passamos situações que exigem mudanças internas ou externas.
Cada pessoa vivencia as mudanças de forma diferente, umas resistem fortemente em fazer/pensar de forma diferente ao habitual, outras buscam tirar o melhor proveito das mudanças criando oportunidade de crescimento.
A forma como lidamos com as mudanças esta ligado a nossa educação, cultura e os exemplos que temos durante nossa vida e experiências.

Até meus 12 anos de idade minha família fez muitas mudanças de casa, mesmo dentro da mesma cidade, pelas minhas contas morei em 12 lugares diferentes desde que nasci. Então a cada tempo eu tinha que conviver com novos vizinhos, fazer novos trajetos para a escola, criar novos relacionamentos, por esta razão acredito que me adapto bem as mudanças, buscando ver o melhor.

Algumas mudanças ocorreram de forma muito difícil, como a perda de alguém que eu amo o término de um relacionamento que já tinha prazo de validade vencido.
Outras mudanças vieram como desafios como a transferência de meu trabalho para outra cidade longe da segurança da minha casa familiar, dos amigos que eu tinha desde a infância para aqui onde não possuía vinculo nenhum, só o trabalho.

Estar longe da minha cidadezinha me ensinou muito, desde administrar minha renda para as principais necessidades, fazendo muitas concessões, o convívio com uma cultura diferente da minha mesmo sendo cidades dentro do mesmo estado pôde-se perceber a grande diferença de mentalidade, objetivos de vida e convívio com os semelhantes.

Já na primeira “balada” jaraguaense, conheci o rapaz que hoje chamo de marido e que transformou minha passagem por aqui como definitiva, fui “adotada” por sua família e atualmente formamos a nossa e que também é diferente do que eu imaginava diferente do que tive como exemplo rompeu muitas expectativas erradas que eu tinha do relacionamento amoroso, vislumbrando novos horizontes de amor e felicidade.

No trabalho que inicialmente me trouxe para cá, já não executo mais nenhuma função o que me oportunizou ter um negócio próprio (sonho de muitas pessoas), mas que para mim foi uma grande surpresa por ter tido uma educação meio que condicionada ou limitada ao convívio do lar, eu acreditava que seria a legítima dona de casa.

Com o negócio próprio aprendi e aprendo tantas coisas, as pessoas com as quais trabalhei deixaram sempre uma marca (umas boas, outras nem tanto).
Com o tempo percebi que ser “chefa” é muito mais que delegar funções, coordenar pessoas, controlar gastos, etc.
È acima de tudo administrar relacionamentos, entre eu, minhas equipes, a empresa que representamos e os clientes que atendemos e após sete anos tendo nesta função posso afirmar seguramente que não é tão fácil quanto para muitos acreditam...

Assim como no passado me decepcionei com minhas chefas acreditando que elas não viam o que realmente acontecia no trabalho, avaliava e criticava muitas coisas com meus colegas, vejo hoje que também não sou a proprietária perfeita, as situações nem sempre tomaram o rumo que eu pretendia e houve sim decepções de ambos os lados.
Então para os amigos que pretendem embarcar no barco do negócio próprio fica minha dica, junto com a alegria, ganhos, satisfação pessoal vêm também maiores responsabilidades...
Ser dono é muito diferente que ser um gerente contratado pela empresa...




Estas foram mudanças externas que me aconteceram sem eu desejar ou planejar mais que trouxeram transformações significativas para mim, ocasionando mudanças interiores também.

Acredito muito que a necessidade de mudança interior reflete na mudança exterior.

A mídia retrata todos os dias a busca das pessoas pelo corpo perfeito, o trabalho perfeito, o companheiro perfeito, a vida perfeita...
Em muitos destes casos basta à pessoa ter recurso financeiro que pode sim, fazer inúmeras modificações no corpo (do cabelo a unha do pé) pode sim ter o “emprego” perfeito através da definição do que realmente pretende de sua vida profissional tendo condição financeira ou não, sendo empregado, chefe contratado, proprietário de empresa, etc. E o companheiro ideal vai ser aquele que vibra com as mesmas coisas que você, que tem os mesmo objetivos de vida e que irá dividir com você as coisas boas e ruins da vida, ele tem que ser real e não fantasioso como vemos muitos (as) sonharem e dizerem que o (a)  “companheiro (a) perfeito (a)” é lindo (a), carinhoso (a) -  mais firme não meloso (a), bem de vida - nem sempre trabalhador, inteligente, batalhador (a), fiel - a você e as coisas que acredita, amigo (a) - mas nem sempre companheiro (a) em todas as horas porque muitos precisam de “ espaço”, sincero (a) - mas não 100% porque muitas vezes a verdade dói - e por aí vai.

É raro vermos alguma pessoa na busca de ser um ser humano “melhor” os que buscam é tachada de louco, místico ou ligada a alguma religião fanática, etc

De alguma forma as mudanças que aparecem em nossas vidas são para mudarmos algo, independente das suas pretensões e objetivos de vida e como ser humano busque identificar o que cada mudança traz de “melhor” para você, tanto as que ocorrem por livre e espontânea pressão, como as que você busca aplicar em você ou vida ao seu redor.

As mudanças trazem oportunidades que muitas vezes deixamos passar, melhor é agarrá-las ver no que dá, do que mais tarde nos arrependermos de não ter aproveitado.
Seja algo muito desejado e que deu tudo certo ou nada do que imaginávamos, no final sempre fica a aprendizagem.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Em boa companhia

Quase todas as pessoas que conheço têm uma trilha sonora para alguma fase, situação da vida... Muitas canções nos fazem viajar com sua melodia, umas remetem lembranças da infância, das amizades, dos amores e corações despedaçados outras traduzem nossos sentimentos e temores.

A música é umas das formas mais profundas de expressão elevam a alma e ao mesmo tempo espantam nossos demônios.

Serve para nos identificarmos com as idéias dos compositores, unir ou também retratar a situação da vida, das pessoas, do mundo.

Muitas vezes utilizo a música para acalentar meus ânimos diante das dificuldades e outras vezes a música me ajuda a extravasar os piores sentimentos...

Há alguns dias tenho tido uns problemas no trabalho (e quem não tem), mas enfim estou com aquela sensação de impotência porque gostaria muito de dar um rumo diferente na situação e toda decisão que eu tome depende de certa forma de outras variáveis não controladas por mim (dependo disso) e a conseqüência destes rumos que gostaria de dar afetará outras pessoas também (como quase tudo que fazemos na vida)

Enquanto não chego a uma decisão coerente e viável para todos por assim dizer...eu enfrento as coisas e sensações ruins cantando...principalmente nas visitas que faço semanalmente numa cidade próxima...para acompanhar os serviços do escritório de lá e vou em boa companhia...com a música!

Apesar de ter um gosto bem variado, não sou muito atualizada no assunto musical, não sigo tendências ou modismos na verdade me sinto até alienada (há uns 40 dias que soube quem era a Paula Fernandes) o que posso dizer é que: ouço sempre os mesmos discos e repenso as mesmas idéias (Kid Abelha)
Minha trilha sonora depende muito do dia e do meu humor...

Na última subida...fui acompanhada da banda que eu adoro desde a adolescência The Cramberies...
Naquele momento eles diziam tudo o que eu queria dizer, os pensamentos iam e vinham conforme eu acompanhava a letra das canções num inglês vexatório (ninguém
ouviu pois eu estava sozinha comigo mesma) era um momento SÓ MEU...

A estrada apesar de estar em obras desde o início do ano estava com a paisagem bem agradável, sol, céu azul, verde das árvores...
E mesmo curtindo o MEU momento pude perceber que os trabalhadores das obras olhavam de forma inusitada a garota aqui passar aos berros dentro do carro com som alto feito carro de playboy (devem ter achado que eu tava pirada).
Não posso nem reprimir o pensamento deles, pois o som estava alto o suficiente para eu não ouvir meus pensamentos e por alguns momentos também não ouvi a rotação do motor quando percebi estava prá lá dos 110 km na terceira marcha por sorte não fundi o moto do carro
Como boa desculpa, vamos considerar que eu estava “amaciando” o motor.
Diminuí a velocidade...agora que tenho família amo ainda mais minha vida...então melhor cuidar...

Cheguei aos meus compromissos muito bem, pois havia descarregado a tensão com a música...
  
Na volta, desci ouvindo Enya que geralmente me acompanha nestas idas e vindas acalentando meu espírito...


A música é assim...”mexe”com a gente, como nossa vibração, num momento nos encoraja a fazer algo em outro acalma nossos impulsos...
Para mim, é uma terapia...me ajuda a me conhecer melhor pois reflete muito o que sinto...

E vc?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Conheço a mim mesma...


Não possuo conhecimento formal sobre o que penso e escrevo, mas tenho certa mania de criar teorias para solucionar meus problemas existenciais, qualquer semelhança com teorias e/ou outras histórias pessoais é mera coincidência...

Desde Sócrates até os dias atuais ouve-se dizer que o segredo do sucesso ou paz interior é conhecer a si mesmo.

Com todas as responsabilidades que temos desde a mais tenra idade, as cobranças que recebemos de sermos bem sucedidos e ao nos identificarmos com os modelos de “felicidade” que a mídia, a vida, ou as pessoas nos dispõem, vejo que muitos se “perdem” no meio do caminho, acabando com problemas sérios de vícios, síndromes do pânico, depressões, etc... por não saberem exatamente quem verdadeiramente são...

As condições que viemos para este mundinho e as escolhas que fazemos durante nossa vivência por aqui também delimitam um pouco do que somos como ser um profissional de uma área específica, nosso estado civil, religião ou a classe social a qual pertence, mas também não definem quem exatamente a pessoa é...

Não estou falando de objetivo da vida na terra ou de onde viemos para onde vamos, mas sim se sabemos distinguir com clareza e verdade o que cada um de nós é como pessoa.


Você já se perguntou sinceramente se conhece a si mesmo?
Eu me pergunto constantemente...

Algumas teorias de que ouvi falar e você também (provavelmente), mas no momento não saberei citar autor, prega que existe na verdade três versões de cada um de nós e elas quase nunca se assemelham...

A que você vê
A que os outros vêem
E a que realmente você é...

A que você vê
...depende só de você...
A forma que cada pessoa se vê imagino eu é a melhor possível, afinal alguém tem que ressaltar o que tem de bom em nós mesmos.
Todos têm também certa dificuldade em aceitar as próprias falhas, faltas e defeitos. Uns tentam esconder outros se quer admitem... Mas não se enganam por muito tempo. Pois a mentira pode enganar muitas pessoas menos a quem a produz...

A pior mentira muitas vezes é mentir pra si mesmo...

A que os outros vêem
...uns não querem nem saber, outros não vivem sem esperar saber o que os outros pensam...
Você já questionou alguém próximo sobre isso?
A experiência é válida tanto para conhecer o outro lado de nós mesmo como para contribuir com a relação que temos com a pessoa que questionamos (melhor questionar somente quem a opinião for importante para você)

O que realmente somos?
...novamente depende de cada pessoa eleger o seu ideal de personalidade... Que pode também ser construído com as experiências de cada um...
Uns podem ter o mesmo “jeito” de pensar e agir a vida toda, outros vão construindo no decorrer da vida...

O ser humano foi criado para evoluir, se assim não fosse ainda estaríamos vivendo nas cavernas agindo pelo nosso instinto de sobrevivência. E justamente por estarmos em constante aprendizado podemos dizer que somos seres incompletos... Estamos sempre em busca de nós mesmos...

Na busca de me sentir uma pessoa 100% de acordo com as crenças e objetivos que possuo, faço lista do que vejo de negativo e outra do que acredito ser positivo em mim
Depois vou separando de três em três defeitos ou fraquezas que pretendo mudar/superar e “trabalho” na questão por um bom tempo... Vez ou outra o problema ressurge, mas vou aprendendo a sair dele com maior rapidez e menos sofrimento se assim posso dizer...

E as qualidades que penso possuir, busco fortalecer, valorizar e avalio desde quando esta visão/reação positiva passou a fazer parte de mim... E da maioria das vezes percebo, que tive que perder algo, me desapegar de algum costume negativo para então enxergar o bom.

Existem muitas ferramentas para se conhecer e cada um utiliza sua forma, afinal é a coisa mais íntima e pessoal que se pode fazer... Não dá para terceirizar...
Ë preciso perseverar nas mudanças que se quer fazer, ser humilde para reconhecer que muitas vezes não somos exatamente o que pensamos e temos que ter muita coragem para mudar a si mesmo...
Ao mesmo tempo temos que ser generosos com nossas avaliações interiores para não cairmos nas garras da depressão, culpa e arrependimentos.
Buscando ser justos, assumindo nossos erros e não apontando outros como culpados pelo que nos transformamos... Se houve de alguma forma interferência de alguém em nossos processos individuais que acarretaram sofrimentos, temos que libertarmos esta pessoa da mágoa que nos causou... Pois cedo ou tarde iremos reconhecer que aprendemos muito de nós mesmos com as situações que nos fizeram chorar...
Da mesma forma se fomos nós que causamos o mal em alguém, podemos procurar melhorar para não sermos novamente a causa de problemas na vida dos outros...

Conhecer a si mesmo é estar presente a cada pensamento, palavra e gesto que proferimos...
Busca interior para mim é poder transmitir algo de bom para as pessoas, mas antes a mim mesma, respeitando minhas limitações, dando um passo de cada vez... Voltando ao início quando necessário, agindo com firmeza no propósito maior que cada um de nós tem que é sermos felizes.

Eu ainda não me encontrei por completo e você?