quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Gangorra

Que jogue a primeira pedra quem nunca passou momentos, horas até noites insones pensando ansiosa (o) para resolver alguma situação.

Acredito que seja algo mais comum nas mulheres (nem sempre), mas, na grande maioria das vezes é nas nossas cabeças que tentamos solucionar todos os problemas do mundo!

Ainda sofremos com as ações hormonais do nosso corpo que mês a mês transformam nossas reações fazendo que sejamos uma verdadeira GANGORRA, com seus devidos altos e baixos.

Já os homens, possuem uma praticidade em resolver os problemas que até parece que nós mulheres estamos sempre “fazendo drama” “arranjando problema para se incomodar”, etc. e tal.

Independente do sexo, a ansiedade é uma forma de nos pré - ocuparmos com algo o que ainda não aconteceu ou que já aconteceu e não mudará.
Coisas que muitas vezes desejamos muito que aconteçam, outras que jamais sonhamos e não gostaríamos de vivenciá-las.
Mas principalmente a ansiedade nos prende a atenção e energia porque as situações ocorridas não dependem somente da nossa decisão, não temos “controle”.

Um emprego muito desejado e que possui vários bons candidatos, uma pessoa especial que esta sendo cortejada, planos a dois que seguem caminhos diferentes... Perdas que não esperávamos mudanças que não pretendíamos...

Quantos casos ocorrem em nossa vida que não é de nossa escolha e controle e que deixamos abalar a nossa estrutura física e emocional.
Decisões que protelamos por receio de escolher o caminho errado, mudanças que não acontecem porque não nos sentimos capazes e preparados.
Tudo isso gera a ansiedade que corrói nosso interior.

Eu sofro muito com isso, busco ser uma pessoa calma tranqüila e vez ou outra deixo algo abalar minha paz de espírito.
Meu marido costuma dizer quando não consigo dormir a noite e ele dorme super bem...
A razão é porque ele estava com consciência tranqüila e eu não.

Pura verdade!

Converso então com minha mana, amigas e percebo que o ATAQUE de ANSIEDADE ocorre com todas elas, muitas e muitas vezes, por razões e de formas diferentes.

Busco assumir minha parcela de culpa em me deixar levar/envolver de forma ansiosa nos próprios problemas e alheios.
Por outro lado posso “culpar/compreender” que por ser mulher viver a gangorra de hormônios, por estar “condicionada”  a querer resolver tudo, (dar conta da vida espiritual, pessoal, família, marido, filhos, trabalho, casa, amigos, atividade física e tudo mais) que nós mulheres achamos que é de nossa índole, educação e responsabilidade...faz na maioria das vezes sofrermos com os ataques de ansiedade.











Tudo isso me leva a acreditar que quanto mais perturbada nossa mente esta com a ansiedade, mas afeta nosso bem estar e menos tempo, energia e clareza de idéias temos para resolver efetivamente o problema que nos tira o sono.

Calar a mente é dar oportunidade de “ouvir” nossa intuição (coração/ Deus)...

Mas ainda sim, sendo humana muitas vezes “duvido” que do pensei intuitivamente ou então faço interpretações erradas (geralmente porque me baseio no que eu desejo) por não aceitar que a situação é diferente do que eu esperava.

Amadurecer não é fácil como diz uma amiga muito amada e serena e que se não aprendemos pelo caminho do AMOR aprendemos pela DOR.

Nesta estrada chamada existência terrena... já errei muito e vou errar ainda muitas vezes, eu sei. Afinal é através do erro que aprendemos o que é certo, não é?!

Que eu possa ter mais paciência até comigo mesma.





quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O primeiro elo

O primeiro contato que temos quando chegamos neste mundo é com a nossa família.
Desde os primeiros momentos de existência vamos construindo esta ligação de amor com os que nos recebem.

A família que nos acolhe é o primeiro elo que possuímos com o mundo e nenhuma é perfeita. Cada uma de sua maneira busca o melhor e aprender com seus erros e limitações, sendo eles físicos, financeiros ou emocionais.

Os vínculos que criamos com os familiares que temos através dos laços sanguíneos ou não, são necessários para nos desenvolvermos fisicamente através dos cuidados básicos como alimento, vestimenta e moradia.
E além destes no convívio familiar temos nossas primeiras impressões a cerca do amor, afeto, comportamento, educação/disciplina, valores morais e/ou espirituais.

Todas estas peculiaridades que nos envolvem irão determinar as características da personalidade que nos identificará como um ser único e determinando também a forma que veremos o mundo e como nos relacionaremos com o que nos rodeia.

Por isso é tão importante termos um bom relacionamento com os que nos cercam na vida familiar, por que qualquer conflito mal resolvido irá repercutir em outros relacionamentos que teremos ao longo da existência.

É o primeiro processo de aprendizagem que temos no mundo e a forma como lidamos com estas questões definem muito do que somos.





Não importa onde estamos no atual momento da vida o que nos diz respeito e não está bem resolvido internamente nos acompanha aonde quer que estejamos.

Além da família que nascemos ou que somos adotados com o tempo vamos formando outras famílias como os amigos (as) que cativamos, com companheiros (as) que conquistamos, ou ainda junto de grupos de estudos, de trabalho, faculdade ou práticas religiosa/espiritual.

Nestas outras famílias encontramos inúmeras outras afinidades que contribuem ainda mais no desenvolvimento de nossas relações, pois a paciência e abnegação que muitas vezes não temos com nossos pais e irmãos muitas vezes praticamos com nossos amigos ou colegas de trabalho.
 O carinho e o amor que muitas vezes não demonstramos aos familiares fazemos aos nossos namorados ou cônjuges.

A amizade e dedicação que não conquistamos ou aprendemos na família normalmente edificamos com estes outros grupos de convívio, por este razão penso que a vida nada mais é do que gestão de relacionamentos.

E o primeiro relacionamento que temos que obter sucesso é o familiar, por mais difícil que para muitos sejam.

A base é nos dada na família que nos abriga, mas o que vai determinar quem somos o que fazemos como sentimos e tratamos os outros é a nossa escolha única e pessoal.

Se muitos dizem que tudo que de errado os acontece é resultado de uma infância triste e difícil, esta pessoa esta transferindo a responsabilidade que tem de si próprio, pois ao crescermos e amadurecemos obtemos maior consciência que nossas escolhas são de nossa responsabilidade e não dos outros e temos o encargo de arcamos com as conseqüências.

Não podemos deixar que fatos passados determinem quem somos no agora, traumas, tristezas e perdas existem para todos e por uma única razão: aprendizagem
E nos auxiliam para vencer as nossas próprias limitações, medos e barreiras pessoais.

Não julguemos nem culpemos os instrumentos de ensino (os outros).
Agradeça toda e qualquer experiência que vivencias neste mundo, tanto pelos laços de afetos como nas amarras dos desafetos.